História


Santa Rita nasceu em 1381 na aldeia de Rocca Porena,
regiao de Cassia, na Italia. Sua vida foi cheia de
fatos extraordinarios, desde o seu nascimento. Seus
pais ja' tinham completado 53 anos de casados quando
ela nasceu. Ela foi a unica filha do casal.

Recebeu o nome de Margherita. Abreviado carinhorasamente
pela familia para Rita.

Na primeira comunhao, havia decidido pela vida religiosa.
No entanto, para sua tristeza, os pais decidiram que ela
deveria se casar. O marido se mostrou desde o inicio
um adepto de bebedeiras e brigas. Chegava a bater nela
ao chegar em casa apos suas noitadas. Tiveram dois
filhos.

O marido conquistara inimizades nas bebedeiras e brigas.
Um dia,  voltando  para casa, foi assassinado pelos
inimigos.

Rita nao se cansava de orar pela alma do esposo, nem
descuidava da criacao dos filhos.

Poucos anos depois, uma epidemia causou a morte de seus
dois filhos.

Sozinha no mundo, Rita retomara seu sonho de infancia.
Dirigiu-se ao Convento das Monjas Agostinianas, mas ali
ela foi rejeitada.

Assim, passou a dedicar sua vida aos pobres. Chegou a
vender seus pertences para conseguir dinheiro para dar
de comer aos pobres.

Uma noite, estava orando, quando em uma luz lhe aparece-
ram seus santos de devocao: Sao Joao Batista, Santo
Agostinho e Sao Nicolau Tolentino. Eles acenaram para
que ela os seguissem.

Seguindo-os, Rita acabou dentro do convento, na hora em
que as monjas cantavam na capela. A Madre Superiora pes-
soalmente examinou as portas e todas estavam trancadas.
Com isso, Rita foi aceita no convento.

Logo, Rita conquistou as religiosas pela sua humildade,
submissao e caridade.

Para comprovar sua obediencia, a Madre Superiora  quis
que ela aguasse diariamente um tronco seco. Rita cumpriu
o que lhe foi ordenado. Pouco tempo depois, o velho e
ressequido tronco seco reverdecia com folhinhas. Dali
em diante, uma exuberante videira passou a florescer
todos os anos, dando saborosos cachos de uva, coisa que
se repete desde aquele tempo ate' nossos dias.

Estando rezando um dia, quis merecer a graca de sofrer
como Jesus no calvario. A partir dai', um espinho apare-
ceu pouco acima da sua sobrancelha esquerda. O ferimento
se transformou depois em uma feia chaga, da qual se
desprendia um insuportavel mau cheiro. Com isso, ela
passou a viver isolada no convento.

No Ano Santo de 1450, o Papa Nicolau V prometeu indulgen-
cias plenas aos fieis que peregrinassem a Roma. As monjas
do convento resolveram ir a Roma, mas, a principio, Rita
nao iria devido ao mau cheiro da chaga.

Mas no dicionario de Rita de Cassia nao havia a palavra
impossivel. Depois de rezar fervorasamente, viu com
alegria a chaga cicatrizar e, com isso, pode tomar parte
na peregrinacao daquele Ano Santo.

Assim que regressaram ao Mosteiro, a chaga reapareceu.
Isso lhe custou um isolamento ate' o fim da vida.

A fama de santidade de Rita comecou a se divulgar em
Cassia.  Muitas  pessoas iam visita'-la no mosteiro
pedindo milagres e algumas eram atendidas.

No meio de um rigoroso inverno europeu, Rita pediu a
suas irmas que fossem `a sua casa paterna e que la'
colhessem uma rosa e trouxessem para ela. As irmas
foram e encontraram a roseira com a rosa, no meio da
neve.

Aos 76 anos, quando morreu, em   22 de maio de 1457,
seu corpo passou a desprender um suavissimo perfume.
Seu corpo se conserva intacto, ate' hoje, como no dia
de sua morte.

Pelos numerosos  e  grandes milagres relalizados por
sua intercessao,  Santa Rita de Cassia  e'  chamada
Advogada dos Impossiveis.

Santa Rita  foi canonizada  pelo afeto e  devocao   dos
fieis  bem  antes da Igreja. Urbano VIII a beatificou  em
1627.  Somente em 1900 foi canonizada por Leao XIII.